Salvador Brasil

Arrecadação sem educação: a política de trânsito de Salvador

Em Salvador, a velocidade com que motoristas são autuados ultrapassa a com que soluções são entregues pela prefeitura. No primeiro semestre de 2025, foram mais de 357 mil multas registradas. Ainda que levemente inferior ao ano passado, esse número escancara um problema crônico ignorado pelo prefeito Bruno Reis.

A cidade se tornou uma máquina de punir sem educar. Radares, videomonitoramento, agentes com smartphones: a fiscalização automatizada funciona como um cerco eletrônico que arrecada, mas não resolve. Enquanto isso, a infraestrutura precária continua sendo uma armadilha diária para motoristas e pedestres.

Salvador precisa de mais do que alertas em redes sociais. Precisa de vias decentes, faixas de pedestres elevadas, sinalização clara e medidas que induzam ao comportamento seguro. Mas o governo municipal parece preso a uma mentalidade punitivista, que transforma o trânsito num campo minado de multas — e a cidade num labirinto de desinformação e desorganização.

A reincidência de infrações, como excesso de velocidade e ultrapassagem perigosa, denuncia o fracasso da estratégia atual. Sem reengenharia urbana, sem um plano sério de educação continuada e sem empatia institucional, o caos continua — e vidas se perdem.

Sob a gestão Bruno Reis, Salvador avança pouco, mas cobra muito. Um modelo que, longe de educar, castiga. E que, em vez de transformar, paralisa.

Por Redação

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